.... UMA FLOR JÁ MURCHA . . .
Um pequeno punhal repousa sobre a mesa de cabeceira.Na cama ao lado dorme um bela joven.Ela adormeceu a pouco tempo, após ter chorado durante quase toda a noite....
Os primeiros raios de sol entram pela janela aberta, e o som dos passáros em seu vôo matinal desperta,a jovem. Ela senta na cama e fica alguns instantes a refletir sobre o que decidira durante a madrugada.Enfim levanta-se e caminhha até a cômoda, triste porém decidida. Abre sua gaveta e pega o lindo vestido negro de seda,no qual gastara suas economias mas que nunca usara.Alguém, do lado de fora do quarto, bate na porta e chama pela jovem que não responde e continua a fazer o que se deve ser feito.Já vestida, ela caminha até o espelho e fita seu rosto, tão desesperançado. Pega uma escova e começa a desembaraçar seus longoscabelos loiros. Ela arruma todos os fios prendendo -os no alto da cabeça com uma linda presilha. A jovem abre o porta- joias e escolhe seu colar e seus brincos favoritos. Á porta, alguém a chama novamente, mas ela continua a arrumar-se.Agora ela está passando baton- um baton vermelho sangue, o mais apropriado para a ocasião. " Está na hora " diz para o espelho.Abre uma gaveta pega um envelope negro, um papel em branco e uma caneta de tinta preta. Escreve algumas frazes, dobra o papel com cuidado,coloca-o dentro do envelope e deixa-o sobre a cômoda com uma flor ja murcha. Vira-se para olhar seu quarto uma última vez.Caminha até a cama e pega o punhal segurando-o firme com as duas mãos, um pouco trêmulas mas de forma alguma hesitantes. Olhapara o punhal,fecha os olhos, sussurra a palavra ADEUS e com toda a sua força enfia o punhal no peito, sentindo uma terrível dor enquanto o sangue jorra tingindo de vermelho os alvos lençois da cama...
Sobre a cama encharcada de vermelho jaz uma jovem com os olhos semi abertos e um punhal cravado no peito. Ali já não há vida!!!
(" Como que avisada por algo sobrenatural, a voz do lado de fora do quarto volta a insistir em chamar pela jovem. Preocupadapor não obter retorno, a dona da voz força a porta e entra no quarto. Pára imediatamente, paralizada pela terrível visãode sua filha naquela cama. Sobre a cômoda avista um envelope negro e uma flor já murcha e sem vida. A flor sobre a cômodaparece com a jovem sobre a cama." )
...."Agora tudo é cinza. Resta apenas .. A caveira que a alma em si guardava"......
BRUNA
Nenhum comentário:
Postar um comentário